Na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92), foram assinados acordos, a agenda 21, os quais visavam a proteção ambiental. Nesse acordo, o Brasil ficou responsável por retardar a degradação da biodiversidade de suas florestas, mas isso não ocorreu, visto que a biopirataria é crescente no país. Diante dessa perspectiva, cabe analisar as consequências dessa prática para a nação brasileira. Primeiramente, a biopirataria traz grandes prejuízos econômicos para o Brasil. Anualmente o país perde 5 bilhões de dólares para o contrabando de animais, plantas e de conhecimentos de comunidades locais. Isso deve-se a fraca legislação do país contra essa prática, o que facilita a ação ilegal de empresas e pessoas. Prova disso, foi o caso do cupuaçu, em que uma empresa tentou patenteá-lo sem dar a devida parte lucrativa aos extrativistas brasileiros dessa fruta. Somado a isso, essa prática ocasiona grandes prejuízos para a fauna e flora. Isso pois, os contrabandistas retiram espécies de seu habitat natural, gerando, assim, um desequilíbrio no ecossistema. Ademais, a exploração sem controle e ponderação de uma espécie pode leva-la a extinção. Desse modo, é dever do Estado proteger a biodiversidade brasileira, por essa poder ser fonte de renda para comunidades e de novos saberes científicos. Fica clara, portanto, a necessidade de consolidar os objetivos da Rio 92. Dessa maneira, o Ministério do Meio Ambiente, juntamente com ONG’s de defesa da biodiversidade, deve intensificar a fiscalização de lugares mais vulneráveis, como a Floresta Amazônica e a Caatinga, por meio de fiscais devidamente capacitados, a fim de coibir a ação do contrabando. Além disso, o Poder Legislativo deve melhorar e criar leis mais rígidas contra a biopirataria, como multas altíssimas para quem fosse pego praticando essa ação, pois, só assim, a fauna, flora e saberes locais brasileiros estarão protegidos.