Desde a época das grandes navegações há indícios de exploração desregulada de recursos naturais no Brasil, tais quais o pau-brasil e o ouro. Atualmente, o problema abrange não só a flora, mas como também a fauna, tendo em vista que o mercado de animais exóticos está em alta e as terras brasileiras são mundialmente conhecidas por sua enorme biodiversidade. A posse ilegal de animais ou plantas pode apresentar um grande risco ao equilíbrio ecológico de certo local. Isso porque, quando são retiradas de seu habitat natural e realocadas em outro lugar, essas espécies podem desestruturar toda uma cadeia alimentar. Além de que, a biopirataria pode contribuir para a diminuição desenfreada do número de espécies nativas ou até mesmo levá-las à extinção. As grandes dificuldades em combater esse problema são, principalmente, a falta de fiscalização ambiental em áreas propícias à extração de recursos, como na Amazônia, e a flexibilidade das leis brasileiras que protegem a fauna e a flora, fato que acaba atraindo empresas internacionais interessadas na exploração da natureza local. Portanto, medidas são necessárias para mitigar a situação. O governo, através do ministério do meio ambiente, deve propor leis mais rigorosas que dizem respeito à exploração de recursos naturais do país, e ainda investir em tropas de fiscalização no interior da Amazônia, já que sua floresta é o maior alvo de atividades ilegais extrativistas. Além de que, segundo Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele, logo é possível que através do diálogo e bons ensinamentos sobre cuidados para com a natureza, a escola e a família se unam em prol da formação de jovens conscientes que não contribuam para a degradação da biodiversidade brasileira.