Em sua obra romântica: Iracema, José de Alencar se preocupou em destacar a beleza natural do Brasil e a sua biodiversidade. Entretanto, no contexto vigente essa riqueza se tornou refém da biopirataria, a qual tem provocado prejuízos socioeconômicos e a possível extinção de espécies. Primeiramente, vê-se que a prática desse comercio ilegal no Brasil ocorre devido a ineficácia de mecanismos de fiscalização e ao lento processo de registro de patentes que existe no país. Diante disso, há uma perda de mais de 5 bilhões de dólares com o tráfico de extratos de plantas nativas, animais silvestres, além de que o alvo principal da biopirataria é a Floresta Amazônica já que concentra 70% da biodiversidade do planeta, segundo o Ibama. Ademais, percebe-se que apesar da fauna e flora brasileiras serem diversificadas, o risco de extinção de espécies é grande, pois a medida que são capturadas para a venda, seu número diminui. De acordo com o ICMBio, as aves são as espécies mais solicitadas no mercado negro de animais. Exemplo disso, é o filme Rio que mostra uma cena em que o protagonista, uma arara azul, é sequestrado por traficantes de animais. Fica evidente, portanto, que a precária legislação brasileira e a ganância auxiliam na prática da biopirataria. Perante isso, o Ministério do Meio Ambiente do Brasil deve reforçar a fiscalização do território por meio de drones, sendo possível também a punição dos contrabandistas. Outrossim, é a melhora da Lei de Patentes por parte do Poder Legislativo para que possa haver maior rapidez no processo de registros. Só assim, o livro Iracema será lido como reflexo da realidade.