Tráfico da fauna e flora, ausência de legislação e fiscalização e um país rico em biodiversidade: a biopirataria incontrolável do Brasil. A biopirataria no Brasil se faz presente desde o seu descobrimento em 1500, com a extração do pau-brasil. Um caso de destaque foi a retirada ilegal de 70.000 sementes de seringueira no Pará em 1876, levadas para países tropicais como a Malásia, que após décadas se tornou a maior produtora de látex, prejudicando o Brasil. Segundo a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, 38 milhões de animais são capturados e vendidos ilegalmente por ano. Além da biodiversidade, o potencial genético e a inexistência de legislação específica, que defina regras de uso dos recursos naturais contribuem com a biopirataria. Os efeitos negativos da biopirataria englobam prejuízos à fauna e flora, ao ecossistema, desequilíbrio na cadeia alimentar, a mortes de animais, mas também econômicos, devido a falta de fiscalização de indústrias e o contrabando de animais silvestres que lucra bilhões ao ano. No Brasil há somente uma Medida Provisória (2.186) em relação à biopirataria, mas que não pune os “biopiratas”.É necessário a criação de leis a fim de que seja crime a exploração ilegal da flora e a exploração de espécies animais, a fiscalização de empresas e investimento maior à pesquisas no desenvolvimento de produtos naturais através dos recursais naturais nacionais.