Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: As consequências da biopirataria no Brasil

Redação enviada em 14/08/2018

A biopirataria, fenômeno de apropriação ilegal por estrangeiros da fauna e da flora nacionais, tem 70% de sua atuação, no Brasil, voltada à Floresta Amazônica, bioma com a maior biodiversidade do mundo. Resultado da ausência brasileira no campo de pesquisa científica, esse crime prejudica, ambiental e economicamente, o país. Em primeiro plano, é importante frisar o impacto histórico da biopirataria sobre o espaço ecológico. Desde o início da colonização portuguesa na América, houve a exploração de recursos naturais. O extrativismo do Pau-Brasil, primeira atividade lucrativa metropolitana, não só tomou posse de conhecimentos locais por meio do escambo, mas, principalmente, desmatou parte da Mata Atlântica. Logo, conclui-se que a atuação estrangeira não regulamentada, por não ter responsabilidade com a terra, visando somente ao lucro próprio, representa séria ameaça às condições de vida. Ademais, o roubo de fatores biônicos implica a atrofiação da economia. Como, no século XXI, vive-se a terceira fase da Revolução Industrial, a produção de tecnologia é imprescindível à competitividade, em âmbito mundial, de um país. Assim, perder a patente e, portanto, o direito à geração de capital de um produto, agregado de tecnologia, proveniente de biodiversidade nacional para outro Estado significa o enfraquecimento do poder econômico brasileiro. Prova disso é a fruta “Rose Hips”, originalmente encontrada no Brasil”, que é comercializada pela indústria farmacêutica estrangeira que descobriu sua concentração 400 vezes maior de vitamina C que na laranja. Depreende-se, destarte, que a ciência brasileira deve ser estimulada a fim de que se extingua o nicho da biopirataria. Para que se crie contexto possível ao desenvolvimento de tecnologia, o Poder Legislativo deve revogar a lei que prevê o congelamento do teto da educação em dez anos, já que essa limita os investimentos, já insuficientes, na pesquisa. Além disso, os Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia têm que fundar universidades – centros tecnopólos do Brasil – voltadas ao estudo dos diversos biomas em lugares em que estão localizados os maiores índices de biodiversidade, promovendo, desta maneira, a presença da nação onde a biopirataria atua, expulsando-a.