Durante os séculos XV e XVI, houve a expansão marítima por parte dos portugueses e espanhóis, principalmente, e, nesse contexto, eles exploraram e traficaram bens naturais de outras nações, como o pau-brasil do território brasileiro. Decerto, esse problema, denominado biopirataria, persiste na atualidade devido à ineficaz educação ambiental oferecida à população, o que gera preocupantes desequilíbrios na natureza. Primeiramente, deve-se observar que o debate sobre a biopirataria e suas consequências ainda é escasso. Nelson Mandela afirmou, no entanto, que "a educação é o grande motor para o desenvolvimento pessoal" e, desse modo, não educando jovens e adultos para que protejam o meio ambiente, a problemática pode continuar a ocorrer, impactando o meio natural. Consequentemente, há maior chance de ocorrerem distúrbios ambientais graves. De fato, a ecologia ensina que os diversos seres estão interligados por seus nichos ecológicos e teias tróficas, ou seja, quando uma espécie é extinta ou "sequestrada", pode-se gerar uma reação em cadeia de extinção em massa ou mudanças comportamentais - animais invadindo cidades, por exemplo. Por conseguinte, esses acontecimentos afetam a vida da população negativamente, tanto com a perda do banco genético das espécies, quanto com as mudanças nos nichos. Observando-se essa situação, são necessárias, destarte, medidas para solucionar o impasse. Em curto prazo, há a necessidade de o Governo Federal investir, utilizando verbas arrecadadas a partir dos impostos já existentes, em maior fiscalização das áreas mais importantes, como a amazônica, para que, assim, possam ser evitadas biopiratarias nessas regiões. Em longo prazo, o Ministério da Educação deve incentivar, notificando professores, a discussão sobre essa temática durante as aulas de ecologia, de modo que a sociedade possa ser conscientizada e o problema diminuído.