O filme infantil brasileiro "Rio" relata a história em que um contrabandista captura uma arara azul(Blu) que nunca aprendeu a voar e vive uma vida domesticada acreditando que é a unica da sua espécie. Não distante da ficção, é possível observar que o contrabando da fauna e flora trata-se de uma prática muito rentável para quem exerce e extremamente degradante para o país, uma vez que o Brasil é o mais rico em biodiversidade do mundo, e consequentemente é o principal alvo para crimes ambientais. A variedade dos biomas brasileiros reflete uma enorme riqueza de fauna e flora, com inúmeras espécies endêmicas que possuem um importante valor científico, um exemplo são as ervas medicinais, que auxiliam em vários tratamentos patológicos, além disso são essenciais para o equilíbrio ecológico e a diversidade ambiental. Nesse contexto, os países que investem em estudos na área de biomedicina e biotecnologia, enxergam o Brasil como uma "mina de ouro ". Entretanto, infelizmente a posse desses recursos naturais na maioria das vezes é obtida por intermédio do tráfico e apropriação indébita, e não passam pela fiscalização aduaneira. Desse modo, o Brasil que é o verdadeiro dono desse patrimônio não recebe nenhum valor econômico, perde a patente e a oportunidade de investir em pesquisas para que as riquezas sejam preservadas e usadas a favor da população . Outrossim, um dos principais problemas da biopirataria são as consequências da degradação do meio ambiente, visto que o criminoso que retira uma planta ou um animal do seu âmbito natural , não se preocupa em extrair de forma correta , levando à espécie em risco de extinção. Por conseguinte, é importante ressaltar que a degradação ambiental proveniente da prática da biopirataria ocasiona muitos prejuízos para o país . Torna-se evidente, portanto, a necessidade da atuação do Governo Federal em parceria com o Ministério da Educação, para incentivar e promover pesquisas cientificas por meio de seminários, congressos e disponibilizando recursos financeiros e tecnológicos para que as espécies sejam catalogadas, estudas e patenteadas com o propósito de que o Brasil seja o responsável por extrair as riquezas ambientais de forma segura, consciente e eficaz, evitando a extinção. Afinal, o país é o verdadeiro dono da " mina de ouro".