Ao observar a formação e o sentido do Brasil, Darcy Ribeiro, célebre (eminente) escritor brasileiro, escreveu o livro: “O povo brasileiro”. Nessa obra, o antropólogo afirma que “velhas questões institucionais, não tendo sido resolvidas, continuam sendo os principais fatores de atraso e ao mesmo tempo, os principais motores de uma revolução social”. Com efeito, o país encontra nos desafios para as consequências da biopirataria no Brasil um empecilho ao seu progresso e uma herança histórica a ser superada. Nesse sentido, é preciso entender suas verdadeiras causas para solucionar esse problema e impulsionar este país rumo à justiça e à prosperidade. O Brasil possuí em seu território uma das maiores florestas tropicais do planeta, rica em biodiversidade, motivo pelo qual a apropriação dos recursos naturais nela encontrados é despertada em outros países. Desse modo, instaura-se a exploração ilegal da fauna e flora, as quais são especificas desse ambiente. Dessa maneira, vê-se que as espécies nativas são alvo da biopirataria no país. Outrossim, vale ressaltar, ainda, os prejuízos econômicos gerados pela biopirataria, como, o tráfico ilegal de plantas nativas para a produção de remédios e produtos cosméticos em geral. De acordo com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia o Brasil perde cerca de 5 milhões de dólares anuais com o tráfico de recursos naturais do bioma, como plantas nativas e animais silvestres, podendo ocasionar a extinção de espécies e a perda permanente da biodiversidade. Torna-se evidente, portanto, os malefícios da biopirataria no Brasil que, por conseguinte, precisa ser combatida. Dessa maneira, o Poder Executivo, em parceria com ONG’s de proteção ao meio ambiente, deve promover uma rigorosa vigilância às áreas com maior incidência de biopirataria, como a Amazônia, por meio do Exército Brasileiro com o uso de tecnologias de monitoramento via satélite.