Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: As consequências da biopirataria no Brasil

Redação enviada em 09/08/2018

Ao refugiar-se, no Brasil, da Segunda Guerra Mundial, o escritor austríaco Stefan Zweig publicou, em 1941, o livro "Brasil: País do Futuro". No entanto, a desenfreada biopirataria nos ecossistemas brasileiros não faz jus a essa premissa, uma vez que há a busca por enriquecimento ilícito com a exploração dos recursos naturais da nação e, também, a escassa fiscalização nas fronteiras e florestas nativas. Dessa forma, cabe analisar as consequências dessa problemática e os caminhos para combatê-la. É notório que a busca por enriquecimento ilícito, por meio da exploração dos recursos naturais, ocorre, no país, desde a colonização portuguesa, com a extração de pau-brasil para a fabricação de tinta, para a Europa. Hodiernamente, isso acontece porque os seguidores do capitalismo desenfreado visam a geração de lucros e, muitas vezes, apoiam-se na exploração e na falta de ética, em detrimento do bem estar social e ambiental. Desse modo, na biopirataria, há a manipulação de espécies nativas da fauna e da flora, para ganho comercial, sem o devido pagamento de impostos e patentes ao país de origem dos recursos. Consequentemente, o Brasil encontra-se com grandes prejuízos socioeconômicos e de subdesenvolvimento da pesquisa científica e tecnológica, em comparação aos exploradores. Outrossim, a escassa fiscalização das fronteiras e das matas nacionais também está entre as causas do problema. Isso ocorre porque o governo não investe recursos financeiros suficientes para proteger toda a extensão do território nacional. Com isso, facilita-se a entrada de estrangeiros e o escoamento ilegal dos recursos. Tal fato é observado na progressiva destruição da Floresta Amazônica , a qual concentra cerca de 70% da biodiversidade do planeta. Em consequência disso, nota-se diversos prejuízos ao patrimônio natural devido à manipulação predatória, como a extinção de espécies raras, o desequilíbrio ecológico e a perda da biodiversidade. Torna-se evidente, portanto, que combater a biopirataria ainda é um desafio a ser enfrentado pelo Estado. Em razão disso, o Governo Federal, em parceria com o Tribunal de Contas da União, deve direcionar capital para possibilitar o fortalecimento da vigilância com o aumento de agentes fiscalizadores e a capacitação deles, a fim de evitar a exploração e entrada e saída ilegal de recursos nacionais. Ademais, o Ministério do Meio Ambiente e o da Educação devem promover estratégias para o uso e estudo sustentável das riquezas nativas para o desenvolvimento das pesquisas científicas e tecnológicas em universidades brasileiras. Isto posto, poder-se-á aproximar o Brasil real daquele idealizado por Stefan Zweig há quase oito décadas.