A biopirataria no Brasil não é um problema atual: desde que os colonizadores pisaram no país, ficaram extasiados com a grande diversidade da fauna e flora encontradas e, desde então, começaram a destruir as florestas aparentemente inesgotáveis, dando início a uma tragédia ambiental que se agravou ao longo dos séculos e perdura até os dias atuais. Esse tipo de exploração gera inúmeros prejuízos ao território, como o subdesenvolvimento da pesquisa científica e tecnológica, além de um enorme desequilíbrio ecológico. Visto que o Brasil é o país com maior biodiversidade do mundo, acaba sendo alvo de outros países cujo investimento em pesquisas é alto, que invadem o território brasileiro para explorar seus recursos de interesse científico e econômico, a fim de patenteá-los. Com isso, o país de origem acaba perdendo a oportunidade de estudar seus próprios bens, deixando de desenvolver importantes ramos ligados ao que esses recursos podem oferecer, chegando muitas vezes a perder investimentos no campo científico. Além dos problemas já apresentados, outro grave fator desencadeado bela biopirataria pode ser o desequilíbrio ecológico, gerado pela redução de algum animal ou elemento da flora. Em virtude dessa ação, podem ocorrer diversas mudanças negativas para o ecossistema, como perda de recursos naturais e até a extinção de espécies. Levando-se em conta o que foi discutido, é imprescindível que o ministério do meio ambiente, junto com a comunidade científica brasileira tracem um plano de maior investimento para a realização de pesquisas nacionais, a fim de ampliar a quantidade de pesquisadores e de inovações. Além disso, é fundamental que haja maior fiscalização quanto à apropriação desses recursos por outros países, devendo ser mais severa a investigação a respeito da origem de novos produtos apresentados.