Antes da chegada das civilizações europeias no território brasileiro, os índios viviam com o pensamento de não retirar da natureza mais do que o essencial para a sobrevivência. No entanto, quando os portugueses colonizaram o país, a biopirataria tomou conta dos territórios de mata, persistindo até os dias atuais. O problema é que esse atentado à natureza leva ao extermínio de espécies e à modificação na estrutura de teias alimentares. Primeiramente, essa prática ilegal pode causar o fim de espécies já ameaçadas de extinção. Desde sempre, o desaparecimento de animais e plantas foi dado de maneira natural, de acordo com fatores como o clima ou a falta de alimentos. Porém, quando o ser humano começou a caçar para fins diversos, ele se tornou um agente que intervinha na sobrevivência ou não das espécies, como foi no fim dos rinocerontes brancos, que eram perseguidos principalmente pelos seu chifres. Logo, para manter preservada uma grande parte da biosfera, o bio tráfico deve ser cessado. A posteriori, esse problema gera uma drástica mudança no sistema de cadeias alimentares do reino animal. Como observado na teoria do caos, o efeito borboleta se insere dizendo que se uma borboleta bate as asas de um lado do globo, pode provocar um tornado no outro extremo. Nesse sentido, caso uma classe específica de determinado animal seja retirada de seu habitat natural, seu nicho ecológico - sua função no meio - deixará de acontecer, podendo afetar todo o ambiente em que se encontra. Portanto, a caça ilegal faz com que o meio se modifique por inteiro, afetando negativamente todas as parcelas de um ecossistema. Infere-se, portanto, que esse crime ecológico, até os dias de hoje, é um problema que se faz presente no Brasil. Dessa forma, cabe ao Ministério do Meio Ambiente reforçar as patrulhas de busca nos polos principais do biotráfico no país. Cabe também ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis que promovam propagandas desestimulando e reprimindo essa prática, por meio de transmissões televisivas e anúncios nas redes sociais, para a conscientização da população geral sobre o problema, e para que áreas ambientais e suas respectivas faunas e floras sejam preservadas, com a diminuição dessa caça ilegal.