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Redação sem título.

Tema de redação: As consequências da biopirataria no Brasil

Redação enviada em 04/08/2018

Para Paul Watson, diretor da fundação Greenpeace, "inteligência é a habilidade das espécies para viver em harmonia com o meio ambiente". Logo, sendo o intelecto uma característica inerente ao homem, recai sobre ele a responsabilidade de promover a conservação de todo o planeta. Entretanto, tal noção não é verificada no Brasil, visto que a crescente prática da biopirataria no território nacional traz várias consequências negativas, como danos ao ecossistemas explorados e prejuízos socieconômicos para as populações que dependem desses meios. Em primeiro plano, convém destacar os danos causados pela biopirataria aos ecossistemas-alvo. Sendo assim, vale analisar as ações de quem pratica esse crime sob a ótica do sociólogo alemão Max Weber, segundo a qual as ações humanas são sempre pautadas por algumas intenções, sobretudo econômicas e em boa parte egoístas. Dessa forma, observa-se que os praticantes da biopirataria, ao explorarem uma área, visam ao lucro acima de tudo, não se importando com a degradação ambiental que será causada. Tal fato é observado, por exemplo, na progressiva devastação ocorrida nos manguezais do país, considerados os berçários de muitos animais marinhos. Posto isso, conclui-se que os interesses predatórios desses criminosos contribuem para a má condição do meio ambiente brasileiro. Outrossim, é importante salientar que a biopirataria também afeta as populações que dependem dos espaços explorados. Isso porque, além do prejuízo de cerca de 5 bilhões de dólares anuais que o Brasil perde com essa prática, segundo dados do blog "Pensamento Verde", devido ao roubo de patentes e ao tráfico de espécies, as sociedades menos complexas, como tribos indígenas e comunidades ribeirinhas, sofrem igualmente com a exploração dos recursos naturais na nação. Dessa maneira, não são raros os casos de índios que são prejudicados, por exemplo, ao repassarem a sabedoria medicinal sobre algumas plantas e não receberem nenhuma parte do lucro provindo da venda de medicamentos fabricados a partir desse conhecimento, o que ratifica a ideia de que a biopirataria acomete tanto os ecossistemas quanto as pessoas dependentes desses. Evidencia-se, portanto, que a biopirataria traz vários malefícios à sociedade brasileira e, por conseguinte, precisa ser combatida. Nesse sentido, o Ministério do Meio Ambiente, em parceria com ONG's voltadas à causa e com o intuito de barrar a prática dessa atividade clandestina, deve promover vigilâncias rigorosas nas áreas mais ameaçadas de exploração, como o Cerrado e a Amazônia, a serem realizadas por guardas florestais devidamente preparados. Ademais, a curto prazo, o Ministério da Fazenda deve criar um fundo monetário para auxiliar economicamente os indivíduos afligidos pela biopirataria. Dessarte, a problemática será atenuada, e as ideias de Paul Watson se tornarão mais concretas no Brasil.