Na mitologia grega, Sísifo foi condenado por Zeus a rolar uma grande pedra até o topo de um morro durante toda eternidade. Todavia, quando atingia o ápice do rochedo, ele era vencido pela exaustão, assim a pedra retornava à base. Hodiernamente, esse mito assemelha-se à luta do governo brasileiro contra a biopirataria. Pois, por mais que existam leis que buscam combatê-la, esse problema ainda provoca consequências na economia e nas comunidades do Brasil. A economia do país sofre impactos negativos por causa desse fenômeno, pois segundo estimativas do governo, o Brasil deixa de arrecadar em torno de 5 bilhões de dólares por ano por causa dessa prática. Essa pode ser caracterizada pelo tráfico de animais e plantas para países desenvolvidos, esses os estudam e criam patentes de medicamentos e outros produtos extremamente lucrativos. Dessa forma, é perceptível que essa atividade ilegal é um problema grave para as finanças brasileiras. Ademais, as pequenas comunidades, que dependem do extrativismo vegetal para sobreviver, são obrigadas a competir com o mercado internacional pela venda de seus produtos. Dessa forma, os grandes empresários conseguem facilmente desestabilizar a vida de várias pessoas. Um exemplo disso é a atual venda de açaí aprimorado por indústrias internacionais no Brasil, o que ocasionou desvalorização do açaí natural vendido por pequenos produtores nacionais. Sendo assim, diferentemente de Sísifo, o Brasil deve finalizar seu desafio. Entretanto, para que isso ocorra é imprescindível que o Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o Exército, invista mais na segurança das fronteiras. Sendo que essa medida deve ter por função aprimorar a fiscalização e coibir o tráfico, pois já existem leis que criminalizam e aplicam medidas coercitivas para os praticantes de biopirataria. Assim, o Brasil conseguira proteger seu patrimônio natural e beneficiar sua população por meio das vantagens propiciadas por ele.