No folclore brasileiro, o Curupira é um personagem que se destaca por proteger as florestas e os animais. Com seus pés invertidos e gritos estridentes, desorienta os caçadores e outros que ameaçam a natureza. Esse conto demonstra que há tempos já existe uma percepção que a flora e fauna brasileira necessitam ser protegidas. Nesse contexto, atualmente, a biopirataria é uma das principais preocupações brasileira, no que concerne à exploração ilegal de seus recursos naturais. Em primeiro lugar, deve-se destacar que o Brasil é o principal alvo desse crime no mundo. Isso se relaciona ao fato de que apenas a floresta amazônica, sem levar em consideração outros biomas, já possui mais de 70% da biodiversidade mundial. Um exemplo de como outros países almejam ter acesso a esses recursos, foi a proposta de internacionalizar a Amazônia sob a falso justificativa que essa floresta seria o pulmão do mundo. Em contrapartida, o país sofre diversos prejuízos decorrentes da biopirataria, tendo como principal, o econômico. Nesse cenário, vegetais e animais são contrabandeados e explorados economicamente, enquanto os brasileiros são lesados. Um fato histórico que retrata bem esse prejuízo, é quando ingleses roubaram mudas de seringueiras a fim de produzir látex em outro país, promovendo o declínio do ciclo da borracha no brasil. Fica claro, portanto, a necessidade de se proteger o patrimônio natural do país. Para isso, além de intensificar a fiscalização, principalmente pelo exército, devido à grande extensão de fronteira seca do Brasil, é primordial que os brasileiros se beneficiem de suas riquezas. Logo, o MEC, deve implantar um modelo de “Universidade da floresta”. Essa universidade estabelecida no local do bioma alvo, ao oferecer cursos voltados para pesquisa das riquezas naturais da região, possibilitaria o desenvolvimento de medicamentos e de produtos patenteados, legitimamente brasileiros.