O filósofo romano Sêneca alega que para a ganância, toda a natureza é insuficiente. Com isso o fenômeno da biopirataria — manipulação e apropriação ilegal de espécies da fauna e da flora — corrobora para que tal afirmação seja verídica. O comércio ilegal de recursos naturais é uma realidade brasileira. No Ciclo da Borracha, a decadência gomífera teve como um dos seus motivos, a extração e o transporte ilícito de sementes de seringueiras à Europa. À vista disso, um dos principais alvos da pirataria biológica foi e ainda é a Floresta Amazônica por conta de sua grande biodiversidade. Segundo a Organização das Nações Unidas, o Brasil é considerado o país mais rico em heterogeneidade biológica do mundo. Entretanto, a falta de vigilância e de controle nas legislações ambientais contribui para esse crescente exemplo de tráfico. Assim como demonstra a irresponsabilidade socioambiental do Governo, posto que há como prejuízos desse comércio ilegítimo a perda da biodiversidade e até extinção de espécies. Diante do exposto, deliberações são necessárias. O Ministério do Meio Ambiente junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente(IBAMA) deve inspecionar as áreas territoriais de forma constante. E também, auxiliar na prudência da população acerca da natureza por meio de palestras e campanhas que visem o apoio social contra o tráfico de recursos biológicos. Assim, almejando a redução da ganância do homem em proveito do meio ambiente.