Durante a Idade Moderna, as Grandes Navegações impulsionaram a economia dos países europeus, cansagrando Portugual e Espanha como grandes potências marítimas. No entanto, os territórios conquistados foram intensamente explorados, gerando riquezas para as nações luso-espanholas e popularizando a terrível prática da biopirataria. No Brasil Contemporâneo, o tráfico de animais, a extração indevida de moléculas da flora e a apropriação de tradições locais constituem contrabando biológico, gerando tanto a extinção de espécies quanto prejuízos socioeconômicos. As relações mais importantes entre os organismos presentes na natureza se dão por meio das teias alimentares, onde cada indivíduo faz a manutenção do número de animais e plantas de outros níveis tróficos. Entretanto, fatores como a intensa atividade extrativista, acompanhada do deslocamento forçado de componentes da fauna regional geram intenso desequilíbrio ambiental, levando um grande número de espécies à extinção. Consequentemente, pode-se afirmar que o filósofo alemão, Albert Schweitzer, está certo ao dizer que o homem domina a natureza antes mesmo de aprender a se auto-controlar. Posto isso, percebe-se que a interdependência ecológica faz com que a inexistência súbita de uma única espécie afete os hábitos vitais de todas as outras, comprovando o risco gerado pelas ações dos biopiratas no território nacional. Ademais, de acordo com Nicolau Copérnico, astrônomo e matemático polonês, a natureza possui uma sabedoria incomparável, pois não produz nada de inútil. Acordando com o pensamento do estudioso, as essências naturais e microbiológicas encontradas na Floresta Amazõnicas e em outros biomas brasileiros são grandemente apreciadas pelas nações estrangeiras. No âmbito da saúde, por exemplo, pode-se citar as propriedades medicinais encontradas em plantas, os fluídos corporais gerados por animais nativos e as técnicas milenares praticadas por tibos brasileiras. Com isso, nota-se que as riquezas naturais são extraídas e, constantemente, patenteadas por empresas de outros países, deixando de gerar capital para o Brasil e agravando os problemas socioeconômicos do país. Depreende-se, portanto, que a biopirataria é uma problemática presente na nação, precisando-se de medidas que a solucionem de modo eficaz. Em um primeiro momento, é necessário que o Governo Federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente, intensifique a fiscalização de áreas que contenham espécies com risco de extinção, contando com o auxílio da Polícia Federal e moradores locais. Dessa maneira, a ação dos biopiratas será inibida, protegendo os grupos específicos que correm mais perigo. Além do monitoramento, é imprescindível que empresas extrativistas, farmacêuticas e alimentícias nacionais invistam em pesquisas na flora e fauna nativas, aliando-se à universidades federais e grupos de pesquisadores. Com essa medida, os recursos naturais dos biomas brasileiros serão explorados de forma responsável, movimentando a economia nacional. Agindo do modo proposto, a biopirataria deixará de ser um grande problema para o Brasil.