Sobre as consequências causadas com a retração da maioridade penal, vale ressaltar que um adolescente, aos seus 16 anos, não se tornou um marginal por acaso. Nesse contexto, é possível dizer que os maiores marginais estão no poder, levando o Brasil de mal à pior. Com a 4ª maior população carcerária, o sistema prisional brasileiro não suporta mais pessoas e, além disso, a precária educação oferecida aos jovens os encaminha para a criminalidade. Portanto, educar não seria mais eficiente do que punir? Cabe observar, inicialmente, que o sistema prisional brasileiro está saturado de infratores, haja vista que possuímos a 4ª maior população carcerária do mundo. Nesse panorama, vale ressaltar que esse sistema não tem cumprido sua função de controle e reeducação dos agentes da violência, formando cada vez mais escolas da criminalidade. Portanto, nenhum tipo de experiência na cadeia pode contribuir com o processo de reeducação dos jovens na sociedade. Segundo o Renomado filósofo Paulo Freire, “se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”. De fato, observa-se que a maioria dos malfeitores não possuem acesso a esse processo, induzindo-o a adentrar a vida de marginalidade. Sendo assim, fica claro que, punir com encarceramento é incompetência do poder publico que não lhes garante o direito básico de todos que é a educação. Dessa forma, reduzir a maioridade é fazer uma transferência do problema, pois para o estado, é mais fácil prender do que educar. Logo, é de suma importância que o poder público abra ONGs que ofereçam acompanhamento psicológico para os infratores e, somado a isso, através de campanhas de incentivo, invista na educação do jovem brasileiro oferecendo além da educação, cursos e lazer para que o menor não vá para a escola do crime.