Indubitavelmente, a sociedade tem discutido muito sobre a maioridade penal, levantando intensos debates no país inteiro. Na câmara há uma proposta de lei que tenta responsabilizar jovens de 16 anos por crimes hediondos, mas tal proposta tem levantado vários protestos Brasil afora. Atualmente, o principal argumento que defende a redução da maioridade penal , é que uma pessoa de 16 ou 17 anos é capaz de ter sua personalidade formada, tendo ciência de certo e errado, mas essa afirmação encontra-se equivocada, haja vista que diversos estudos comprovam que um adolescente, não possui o lobo frontal do cérebro bem desenvolvido, que é responsável não só por atitudes instintivas, como também pelo autocontrole, Ademais, a situação do sistema penitenciário brasileiro é totalmente precária, uma vez que diversos relatórios da ONU (Organização das Nações Unidas) comprovam que a maioria das cadeias brasileiras sofrem de superlotação, tal problema seria agravado com a aprovação dessa lei, uma vez que o estado terá que investir recursos financeiros para a construção e/ou ampliação desses estabelecimentos movimentando milhões dos cofres públicos, promovendo desgaste na economia brasileira que se encontra em um momento de fragilidade. Somado a isso, podemos dizer que as infrações cometidas pelos menores, são frutos da falta de perspectiva de vida causada pelas escassas oportunidades socioeconômicas, decorrente de um longo processo histórico de marginalização ,que é muito bem retratado no filme brasileiro chamado "Cidade de Deus". Portanto, conclui-se que o governo deve atuar levando educação, saúde e segurança para dentro das favelas que são as zonas mais afetadas pela miséria, aumentando a presença da polícia e diminuindo as oportunidades de integração a vida do crime ,melhorando a perspectiva de vida com escolas de tempo integral e centros públicos de recreação infantil. Só assim o celeuma da marginalização poderá ser corrigido e os índices de violência urbana serão epilogados.