O índice de criminalidade está deixando preocupada a chamada “população de bem”. Uma vez que os envolvidos são crianças e adolescentes, fazendo-se necessárias soluções imediatas para o impasse. Contudo, ao inserir esses menores no sistema prisional brasileiro não inibira seus crimes, e sim ocasionará efeitos colaterais. A cena corriqueira de roubos, mortes, contrabando e tráfico, levou o escritor Jorge Amado a relatar em seu livro Capitães de Areia a vida de pequenos infratores. À medida que cometiam delitos, acostumavam-se e realizavam novamente, podendo assim, reafirmar as noticias do Jornal Folha de São Paulo, no qual cerca de 23mil retornam as prisões. Sem dúvidas, isso se da pela falta de mecanismos de direcionamento dentro e fora dos presídios. Pois ainda há o pensamento equivocado de que haverá resolução se os delinquentes forem apenas detidos. A disparidade social é fator imprescindível para a entrada precoce no crime. Conforme o IBGE 80% dos envolvidos vive em situação precária ou não tem base familiar. Dessa forma ao entrarem sem rumo nestes presídios, obtendo apenas o contato com adultos marginalizados, no qual estarão propícios a seguir esses exemplos, dos quais formaram suas personalidades, podendo gerar problemas futuros. Entende-se, portanto, a urgência na reformatação do sistema educacional e não só do prisional. Cabendo ao ministério da educação, o ECA e o legislativo, criarem métodos que punam de maneira produtiva e eficaz estes jovens. Além da criação de ONGs para recoloca-los na sociedade, realizando jogos motivacionais associados a aplicativos cibernéticos, que terão como função ajudarem outros a não adentrarem a violência, deve-se ainda ampliar as medidas socioeducativas para todos os campos; inclusive o escolar. Apenas assim, evitará a superlotação das cadeias e amenizará os efeitos pós-crime.