A violência já se tornou um problema comum e crescente no Brasil.A participação de menores em crimes também. Devido a isso, foi votada e aprovada a redução da maioridade penal brasileira para os 16 anos. Este ato visa a penalização desses jovens criminosos. No entanto, ao buscar apenas a prisão dos delinquentes juvenis, a redução nada mais combate que as consequências, ao invés de focar nas causas. A ineficiência atual do Estado brasileiro em oferecer aos jovens condições básicas como educação, saúde e lazer é a principal causa do problema. Os menores que entram na vida marginalizada, na imensa maioria, não recebem oportunidades e direitos básicos. Além disso, ao serem presos, deparam-se com um sistema penitenciário péssimo, que, ao invés de realizar a recuperação e reinserção desses indivíduos na sociedade, só os torna piores. É necessário buscar a melhora desses aspectos para não se agravar os efeitos atuais já observados. Os jovens, negados de seus direitos e cercados pela violência, recorrem à vida criminalizada. Vários desses menores fazem o uso da idade para praticar crimes tais como roubos e até homicídios, saindo muitas vezes impunes. Serie ótimo afirmar que a redução da maioridade poderia ser uma boa medida para tirar esses jovens corrompidos das ruas, mas não é. Em países como a Alemanha, a redução da maioridade não resultou na diminuição da violência. Fica clara a importância de medidas que tratem as causas. É notório, portanto, que a redução da maioridade penal não é um ato que garantirá ao Brasil a diminuição do número de jovens criminosos. Para eliminar as raízes do problema, o governo deve primeiramente investir na educação dos jovens, além de reestruturar o sistema penitenciário, construindo mais prisões e criando programas que busquem inserir os marginalizados na sociedade. É importante o papel de transmitir valores éticos à juventude, o que deve ser feito pela família e escola, a fim de retirá-la da violência em que se encontra imersa diariamente.