A redução da maioridade penal vem ganhando destaque nos debates sobre segurança pública, com muitas pessoas apoiando-a. Todavia, este fato pode trazer consequências ainda piores para a sociedade, tendo em vista que o jovem infrator não apenas entrará em contato com bandidos mais perigosos, como também ajudará no aumento da população carcerária, a qual já está no seu limite. Segundo Dráuzio Varella- que além de médico é um grande conhecedor dos presídios, com dois livros falando a respeito- o adolescente que for preso junto com bandidos de alto escalão, será obrigado a se juntar a uma organização criminosa e, ao sair da cadeia, terá que trabalhar para essa facção. Desse modo, aquele menino que havia sido condenado por algum crime, acaba virando mais um funcionário dessas perigosas organizações, vindo, posteriormente, a cometer crimes mais graves. Além disso, o Brasil sofre, atualmente, com uma superlotação do sistema prisional. Nesse contexto, reduzir a idade mínima para cumprir penas nesses locais só agravaria esse problema. Com isso, não só causaria um desconforto para o detendo- tornando-o agressivo- mas também problemas sociais, haja vista que o governo terá que investir mais dinheiro na construção de penitenciárias ao invés de colocá-lo em saúde e educação. Sendo assim, a redução da maioridade penal não será a solução para diminuição da criminalidade, e sim um agravamento. Contudo, investir nas atuais casas de detenção para menores, com implantação de programas sólidos de reconstrução moral dos menores infratores, parece ser uma solução mais inteligente. Além disso, as escolar têm um papel importante de organizar palestras, com ex-detentos, para orientar os jovens de que o caminho do crime não é o melhor. Com tudo isso, o próximo debate não será em achar formas de punir, e sim jeitos de ajudar.