A realidade de diversas localidades brasileiras, é a violência e a criminalidade. Muitos indivíduos nascem nesses locais e com o tempo absorvem e repetem os maus hábitos criminosos. A redução da maioridade penal visa a penalização dos infratores a partir dos 16 anos. Uma medida polêmica, vista como solução para a impunidade dos marginais dessa faixa etária e redução da criminalidade, mas que pode ser observada de outro modo. A redução da maioridade é uma forma de punir que não objetiva a recuperação dos indivíduos. Segundo as estatísticas, o índice de recuperação no sistema carcerário é de apenas 30% , visto que, esses ambientes não apresentam medidas favoráveis a mudança de comportamento. Já as medidas socioeducativas, apresentam 80% de recuperação, o que demonstra maior adequação com o projeto de uma sociedade com menos criminosos. No que diz respeito a punir os menores infratores, a sociedade está engajada na discussão da questão. devido aos inúmeros crimes de menores que se aproveitam da situação de impune para praticar atividades ilícitas. Contudo, o problema é mais grave do que simplesmente punir, ele tem que ser tratado em sua origem, pois segundo o filósofo Rousseau, "o homem é produto do meio", então num ambiente de criminalidade e falta de oportunidades o homem tende a ser criminoso. Para uma punição mais justa, o Estado, precisa oferecer oportunidades para que o indivíduo tenha mais tendência a ser um cidadão de bem do que um marginal. Fica evidente, portanto, que a redução da maioridade não é sinônimo de diminuição de criminalidade. Logo, medidas que tratem o problema como um todo devem ser adotadas. O governo Brasileiro através do Ministério da Educação, deve analisar as áreas onde existem um número maior de surgimento de jovens infratores e implantar projetos educativos, como por exemplo, escolas de música e centros poliesportivos. Segundo Nelson Mandela, a educação é a maior arma para se mudar o mundo, então, que ela mude a realidade do Brasil.