Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: As complexidades do combate à homofobia no Brasil

Redação enviada em 04/10/2018

Sob a perspectiva sociológica do britânico Thomas Marshall,os membros integrais de uma comunidade possuem o status de cidadania que lhes assegura igualdade de direitos e deveres.Em contrapartida,percebe-se que,apesar de ter conquistado avanços significativos no tocante à receptividade social,o grupo LGBT permanece sob contínua condição de vulnerabilidade no Brasil,o que evidencia o caráter retrógrado da sociedade contemporânea nesse aspecto.Nesse contexto,torna-se necessário desmistificar ideais conservadores da civilização,bem como reafirmar o princípio igualitário de democracia. É preciso analisar,antes de tudo,que o conservadorismo moderno instituído por Edmund Burke em ''Reflexões sobre a Revolução na França'',estabelece no país.Tal preceito,crítico dos movimentos sedentos por mudanças em seus próprios tempos é responsável pelo enraizamento de culturas tradicionais.Nesse sentido,torna-se claro que a cultura conservadora e patriarcal da sociedade brasileira viabiliza a resiliência desse cenário transgressor-de modo a proliferar ideais de conduta ao corpo social.Tal situação de indiferença é sustentada,sobretudo,por sistemáticas religiosas,as quais se mantêm respaldadas na manutenção do padrão heteronormativo de orientação,de maneira a divergir qualquer outra forma de variação.Além disso,tem se o fato que a sociedade tende a oprimir e colocar à margem aqueles que diferem dos padrões pré-estabelecidos,de modo a contribuir para a submissão e a passividade da classe LGBT diante dos estigmas sociais.Esse cenário injusto e antidemocrático rresulta na banalização dos interesses desses indivíduos,de modo a diminuir suas oportunidades sociais,como a formação acadêmica e a inserção no mercado de trabalho. ''O importante não é viver,mas viver bem.''Segundo Platão a qualidade de vida tem tamanha importância que ultrapassa até mesmo a própria existência.No entanto,esse preceito filosófico não se aplica com ênfase na pratica,uma vez que o bem-estar de um indivíduo está integralmente relacionado à sua representatividade social,capaz de lhe dar direito ao respeito e à consideração por parte do Estado.Nessa lógica,é notável que o Estado falha ao não promover acesso igualitário à informação,de modo que grande parte da população não tenha conhecimento acerca das conquistas sociais e legislativas da comunidade LGBT e,dessa forma,continue a propagar discursos depreciativos e discriminatórios,intensificando também o quadro de violência contra essa minoria.Em vista disso,as complexidades do combate à homofobia no Brasil estão presentes na estruturação padronizada e conservadora da coletividade,bem como no viés inoperante do Estado,dificultando a construção de uma sociedade mais harmônica e igualitária. Logo,medidas públicas são necessárias para sanar tais obstáculos.É fundamental,portanto,que o Congresso Nacional,mediante o aumento do percentual de investimentos,o qual será proporcionado por meio de uma alteração na Lei das Diretrizes Orçamentárias,amplie o setor eduacacional,através de palestras ministradas por especialistas na área (como mestres e doutores no estudo do gênero)com vistas à formação cidadã respaldada pelo saber transformador,de modo a fornecer base para desconstrução de discursos conservadores e retrógrados.Paralelamente,cabe ao poder executivo-sobretudo na voz das prefeituras-facilitar as denúncias às apressões e garantir a integridade física e moral das vítimas , por meio de ouvidorias(também online),com o objetivo de fazer com que os agressores sejam punidos e,por conseguinte ,fazer com que o Estado atue diretamente,para que, a longo prazo,possa-se desbalizar as opressões.Só assim o país torna-se-á mais justo e igualitário.