Título da redação:

Esperança

Tema de redação: As complexidades do combate à homofobia no Brasil

Redação enviada em 28/09/2017

O Brasil presenciou, em 2013, um grande avanço na tentativa de reduzir uma das diversas desigualdades: a regulamentação do casamento homossexual. Contudo, mesmo havendo o progresso e a promoção da maior inclusão, percebe-se um despreparo, tanto da população quanto dos governantes, para a aceitação dessa realidade. Primeiramente, a política é capaz de preservar o sentimento conservador da população. O Brasil foi moldado por uma sociedade patriarcalista cuja a tradicional família brasileira não aceitava modelos diferentes do matrimônio entre homem e mulher, tendo respaldo na lei devido a proibição do casamento homossexual. Ainda hoje, a política nacional instiga esse sentimento de aversão, como, por exemplo, a aprovação do tratamento gay por meio de uma liminar. Dessa forma, o amor homoafetivo ganha características de doença e. como qualquer outra enfermidade, a nação procura meios para erradicá-la, ferindo a dignidade de muitas pessoas. Outrossim, persiste, em algumas pessoas, o ideal de superioridade da comunidade hétero em detrimento da LGBT. Essa sensação de supremacia, em grande parte, tem sua origem devido a religião, pela denominação de abominação a qualquer relacionamento de casais do mesmo sexo, promovendo diferenças entre as pessoas.Esse falso sentimento de poder possui diferentes formas de ataque, seja pela agressão física, que é intrínseca ao aumento de homicídios de homossexuais, ou por termos depreciativos, como "anormal", "bicha", "sapatão" entre outros. Um grande exemplo dessa ideologia é a figura de Hitler que, durante o holocausto, dizimou diversas pessoas gays com a crença de que eles levariam ao regresso da nação alemã. Dessa maneira, o medo ganha, cada vez mais, destaque. Torna-se evidente, portanto, que os brasileiros possuem dificuldade de aceitar as diferenças. Sendo assim, cabe ao Governo Federal anular a liminar que transforma a homossexualidade em doença, além de criar delegacias que atendam esse público, oferecendo preparação diferenciada para os profissionais de defesa para evitar o preconceito e a inferiorização do tratamento com a vítima. Ademais, é necessário que atores criem peças que encenem fatos reais das agressões físicas e psicológicas vividas por muitos brasileiros homoafetivos, a fim de que a sociedade perceba os danos e o medo gerado pelas ofensas e evite descriminar. Para que, assim, a esperança de um país plural não acabe.