Na antiguidade, em civilizações como a Mesopotâmica, egípcia, grega e romana, as relações homoafetivas eram consideradas naturais, faziam parte de rituais religiosos e poderiam significar a transferência de experiências vividas. Entretanto, atualmente a concepção sobre as relações homossexuais têm uma conotação bastante diferente, visto que muitas vezes são observadas pela sociedade como imorais e contra a natureza do homem. Assim, tais pensamentos originam uma onda de discriminação e violência contra membros da comunidade LGBTT no Brasil. Ademais, a expansão do cristianismo a partir do século IV trouxe um novo conceito sobre a finalidade das relações amorosas, isto é, existirem exclusivamente para procriação. Por conseguinte, essa crença subjugou o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo e as tomou como anormais e devassas, ideologia essa, culturalmente difundida até hoje. Desta forma, em sociedades que sofreram influência da religião cristã durante sua formação, como o Brasil, tendem a ser mais intolerantes. Segundo um estudo realizado pelas instituições Fundação Perseu Abramo, Universidade de São Paulo (USP) e Unesco em conjunto, revela que 60% dos professores afirmam não estar preparados para tratar de assuntos ligados a diversidade sexual em sala. Logo, se há ausência de orientação por parte da escola sobre a identidade de gênero, as crianças e adolescente absorvem mais facilmente ideologias homofóbicas, contribuindo para ações violentas contra essas minorias no futuro. Portanto, algumas medidas são essenciais para o combate ao preconceito no país. Primeiramente, caberia ao Governo Federal instalar delegacias especializadas em crime de homofobia, tornando mais fácil a identificação e punição desses delitos. Em segundo lugar, o Ministério da Educação (Mec) deveria promover um programa, com colaboração das famílias dos alunos, no qual criasse discussões nos centros de ensino sobre os temas "respeito às diferenças" e "homossexualidade" entre pais, filhos e o corpo docente. Desse modo, todas essas atitudes contribuiriam para a diminuição das discriminação e violência vivenciadas pelos grupos LGBTT no território brasileiro.