No primórdio da Idade Contemporânea, o pensador positivista Auguste Comte defendia que os elementos de seu lema “O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim” seriam vitais à evolução social. Todavia, quando se observa as complexidades do combate à homofobia no Brasil, verifica-se que há um contraste com a defesa do filósofo, pois tal descaso é reflexo tanto de um legado histórico e cultural social quanto do despreparo de educadores em lidar com situações homofóbicas dentro de ambientes educacionais. De antemão, é axiomático que a transgressão à Constituição Cidadã de 1988 contribui para que inúmeros cidadãos se tornem reféns de atitudes homofóbicas no território brasileiro. Segundo o ativista francês Victor Hugo, a primeira igualdade é a justiça. Contudo, esse conceito encontra-se distorcido no Brasil hodierno, dado que há uma dificuldade do poder público em lidar com a intolerância sofrida pela população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais), devido ao legado histórico e cultural que segue enraizado em meio a sociedade, e isso contribui para a elevação do número de violência contra esses indivíduos, como agressões físicas, psicológicas e homicídios, de acordo com o GGC (Grupo Gay da Bahia). Outrossim, a intolerância vivenciada pelos LGBTs dentro de ambientes educandários fomenta as dificuldades de se combater a homofobia no território nacional, visto que que não há preparação adequada dos educadores em lidar com esse descaso, o que compromete a saúde mental das vítimas e potencializa a desigualdade social no país. Afinal, consoante o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade é como um corpo biológico, e sua anatomia necessita de constante análise com objetivo de remediar e curar suas enfermidades. Desse modo, constata-se que, para o combate às mazelas sociais, é imprescindível que os direitos constitucionais, presentes no Artigo quinto, sejam assegurados igualmente aos cidadãos. Logo, com a finalidades de se alcançar a evolução social, conforme à ideologia de Auguste Comte, urge que o Governo Federal em parceria com o Ministério da Educação, promova intensas campanhas ao combate da homofobia, por meio de documentários e curtas-metragens, e divulgá-los nos principais meios de comunicação, tais como a internet, no intuito de abranger a discussão a respeito desse assunto polêmico e conscientiza a população sobre a gravidade dessa situação alarmante. Além disso, é necessário que o poder público proporcione a capacitação dos futuros e atuais educadores brasileiros para lidarem com casos de cunho homofóbico dentro de ambientes educacionais, com objetivo da busca de repreensões eficazes dos alunos e ensiná-los didaticamente sobre a valorização do respeito.