É incontrovertível que o patriarcalismo brasileiro contribui de forma latente para a reprodução de cultura exclusiva em um país que é extremamente violento. As raízes históricas da formação do povo canarinho delegou um poder enorme a figura masculina do pai provedor, e acima de tudo opressor. Consoante a isso, o público LGBT que de forma natural assume posição contrária a esse estereótipo de sociedade é vítima de um processo atemporal. Essa produção histórica contínua e praticamente imutável criou uma sociedade onde todo o homossexual já sofreu algum tipo de preconceito. Outrossim, disse Jean-Paul Sartre, "violência, seja qual for a maneira como ela se manifeste é sempre uma derrota", e nesse sentido o Brasil é um país que há muito já beijou a lona. Ademais, o cenário é preocupante inclusive nas escolas onde 27% do público LGBT já sofreu algum tipo de discriminação. Não obstante, segundo Immanuel Kant, "o homem é aquilo que a educação faz dele", e dessa forma é facil compreender a manutenção desse ambiente rígido e tão hostil a diversidade de gênero. Conquanto, apesar desse panorama desfavorável, algumas ações podem ajudar a amenizar os efeitos dessa problemática. Dentre elas, a mudança da cultura familiar é de vital importância, pois essa é a gênese de todas as formas de preconceito. De modo análogo, o MEC deve atuar de maneira implacável para aprovar uma matriz curricular mais inclusiva e democrática. Por fim, é relevante a criação de uma estrutura de apoio jurídico e psicológico para quem sofre maus tratos devido sua opção de gênero. Destarte, o ambiente nacional aos poucos pode suplantar essa cultura arcaica e obsoleta, tendo sempre em mente o ensinamento do mestre Paulo Freire, " mudar é difícil mas é possível".