Título da redação:

Críticas são bem-vindas!

Tema de redação: As complexidades do combate à homofobia no Brasil

Redação enviada em 23/09/2017

É nítido que, apesar das conquistas adquiridas aos homossexuais, transexuais e bissexuais, a homofobia ainda apresenta-se enraizada na sociedade brasileira. Embora aprovada a legalização do casamento gay em 2011, dos direitos conjugais e da adoção, ainda persiste o satanismo a práticas que fujam do conservadorismo familiar. Desta forma, entre os problemas deparados pela comunidade LGBT, destaca-se o desrespeito social e a falta de orientação das escolas para lidar com o assunto. Em primeira análise, a intolerância aos homossexuais tem se tornado mais protuberante. Dados do Grupo Gay da Bahia indicam que 343 pessoas foram mortas em 2016 vítimas da homofobia, um aumento de mais de 80 casos que em 2010. Em parte, esse ódio é gerado pelo senso comum de que o relacionamento entre pessoas de mesmo sexo é uma escolha e que essa prática pode ser reproduzida pelos demais. No entanto, desconsideram que o desejo sexual é intrínseco ao homem e que não pode ser reajustado pelo querer ou imposição social, o que indefere o temor da erradicação do heterossexualismo. Desta forma, essa bestialidade motivada unicamente pelo comportamento sexual consensual ou de vestimenta não deve ser vista como justiça, mas, de acordo com o doutor Drauzio Varella, a homofobia se trata de ignorância. Em segundo, a falta de respeito tem se originado do âmbito escolar e do lar. Muitas vezes, a aversão contra homossexuais provém do seio familiar e se materializa no bullying entre os alunos. Essa agressão traz mais sofrimento ao receptor, que pode tentar negar seu gênero ou orientação sexual e causar depressão, o que, em casos extremos, pode motivar a mutilação e o suicídio. Por sua vez, a escola ainda não está preparada para incutir o respeito ao próximo. Isso não é exclusivo aos homossexuais, mas se evidencia quando se trata de pessoas fora dos padrões econômicos, físicos, religiosos, sexuais, de raça e de hábitos. Desta forma, adultos são formados sem possuir o básico necessário para o bom convívio social: o respeito ao próximo. Como supracitado, é de suma importância que haja o trabalho educacional nas escolas sobre a diversidade de gêneros. Para isso, o Ministério da Educação deve criar projetos didáticos, adequados às idades, que sensibilizem e desmistifiquem os argumentos homofóbicos. Além disso, o Código Penal deve ser reajustado para introduzir a prática de homofobia como crime, enquanto que o Poder Legislativo deve proporcionar leis que garantam a aplicabilidade da pena, isto é, sem excessos de benevolência, como, por exemplo, redução e progressão de pena.