Em 17 de maio foi comemorado o Dia Mundial da Luta Contra a Homofobia, que relembra o fato de que a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1990, retirou o termo "homossexualismo" da lista de doenças causadas à saúde. Tal evento também é uma forma de lutar contra o preconceito que ainda existe na sociedade, sendo este, consequência tanto de fatores históricos, quanto de falhas no sistema legislativo. Primeiramente, é necessário apontar a lenta mudança de mentalidade da sociedade. De acordo com a teoria do fato social de Durkheim, uma pessoa que nasce em uma família com pensamentos e ações homofóbicas, tende a pensar e agir da mesma maneira, por causa da vivência em grupo. Juntando-se a isso o fato de que os homossexuais são minoria, perpetua-se o preconceito, o que reflete uma sociedade que ainda não aceita o diferente. Além disso, a falta de leis em prol da comunidade LGBT contribui para a continuidade da discriminação. Segundo dados divulgados pelo Grupo Gay da Bahia, ano passado foram registrados 343 assassinatos de gays, lésbicas e travestis, vítimas de agressões físicas. Quando casos assim acontecem, na maioria das vezes os agressores não são punidos, o que mostra a necessidade de medidas que protejam os homossexuais. Fica claro, portanto, que a homofobia é um grave problema da sociedade. É preciso que a escola, como instituição socializadora, debata o tema com seus alunos, orientando-os acerca da diversidade sexual, proporcionando, assim, o respeito e a integração. Outrossim, é necessário que o governo formule leis em prol da comunidade LGBT, como a criminalização da homofobia, além de criar delegacias especializadas em casos de preconceito contra homossexuais. Dessa forma, poder-se-á atenuar a situação e ter uma sociedade que aceita o diferente.