A discriminação contra LGBT´s, chamada homofobia, é uma prática recorrente no cenário social brasileiro. Agressões físicas, verbais e psicológicas assolam o dia-a-dia daqueles que se desviam da heteronormatividade. A violência acontece nas ruas, nas escolas e até mesmo nos lares, atingindo essa minoria nos diversos âmbitos. Segundo uma pesquisa publicada pelo Redtube, o Brasil é o país que mais consome pornografia trans. Paradoxalmente, é o que mais mata travestis e transexuais segundo a ONG Transgender Europe. Fica evidente, pois, que a hipocrisia e o preconceito brasileiro é alimentado dia a dia pelo machismo e pela omissão do Estado. A homossexualidade foi considerada doença pela Organização Mundial de Saúde até 1990 e durante 1940, haviam parcelas dos campos de concentração nazistas para gays, lésbicas e transexuais. No Brasil, por sua vez, são comuns estupros corretivos executados até mesmo por familiares de vítimas. Diversos sensos comuns, como aquele que a firma que a homossexualidade não é natural e será castigada pelo deus cristão, dificultam a diminuição da discriminação. De mesmo modo, a cada 25 horas uma pessoa é morta pelo preconceito contra LGBT's, segundo a página OGLOBO. O Projeto de Lei Anti-homofobia surge nesse contexto com a função de ser um paliativo que garante a punição a manifestações de preconceito por orientação sexual e cria uma comissão especial para a apuração das denúncias. Portanto, é de suma importância que as escolas realizem palestras e debates sobre a homofobia e que proponham uma reflexão e questionamento acerca dos sensos comuns. O governo federal deve distribuir cartilhas que desconstruam os preconceitos e esclareçam a população. É por intermédio de políticas públicas como essas que será possível melhorar a qualidade de vida de homossexuais, bissexuais e travestis no Brasil.