Título da redação:

Combate à homofobia no Brasil contemporâneo

Tema de redação: As complexidades do combate à homofobia no Brasil

Redação enviada em 04/08/2018

A publicação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, feita pela ONU em 1948, trouxe à sociedade uma reflexão acerca da liberdade, igualdade e dignidade humana. Entretanto, é possível observar que o preconceito, a intolerância e preferências sociais ainda fazem parte da realidade brasileira. São muitas as dificuldades enfrentadas por pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) no Brasil atual. É notório que a intolerância ao grupo LGBT tem origem nas próprias casas e dentro das próprias famílias, como também sofre grande influência da religião. Assim, pais que possuíram uma educação muito rígida a respeito de sexualidade e gênero, tendem a repassar uma ideia errada para os filhos, o que fomenta, inclusive, a concepção de que a família é composta exclusivamente por um único pai e uma única mãe. Desse modo, a intolerância e o preconceito têm seu inicio nas escolas, por meio do bullying e evolui, posteriormente, para altas taxas de homicídios e violências contra o grupo LGBT. De acordo com a ativista social americana Helen Keller, o resultado mais sublime da educação é a tolerância. Sendo assim, a escola tem um importante papel em colocar em prática a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Entretanto, de acordo com a Universidade de São Paulo (USP), 60% dos professores admitem não ter base para lidar com a diversidade sexual. Nesse sentido, verifica-se uma extrema necessidade de capacitação de professores, uma vez que são fonte de conhecimento e inspiração. Sendo assim, é evidente, portanto, a importância da educação de professores e posteriormente jovens, de modo a levar para escolas informações a respeito de liberdade e igualdade, de forma que as novas gerações tenham um novo modelo de pensamento e aprendam a prática da dignidade humana. Além disso, visto que a internet tem forte influência nos dias atuais, é interessante que depoimentos e informações a respeito da violência sofridas por LGBT sejam expostos para maior reflexão e conhecimento das pessoas, o que estimularia também o maior registro, posto que o número de casos notificados são menores que a realidade.