Título da redação:

Busca por aceitação.

Tema de redação: As complexidades do combate à homofobia no Brasil

Redação enviada em 26/09/2017

Desde a antiguidade, a homossexualidade era presenciada na história humana. Nas artes, com as canções da poetiza Safo da Grécia Antiga e nas obras de Platão, com foco em O Banquete, onde enfatizava o amor. Em contraste a isso, presentemente no Brasil boa parte da população conservadora estigmatiza as relações homoafetivas como perversão e, nesse contexto, caracterizados por machismo intrínseco acrescido de questões políticas, a busca por aceitação torna-se atravancada. Em primeiro aspecto, a sociedade brasileira atual oriunda de um período colonial que tinha como fito, parcialmente, a evangelização indígena, baseia-se em muitos dos dogmas cristãos, adquiridos da Coroa Portuguesa. Nesse sentido, o cristianismo alude na questão dos preconceitos cometidos contra a classe LGBT, tendo em vista que é a religião predominante no Brasil. Também, devido ao esteriótipo da figura masculina como representante e suporte familiar, a ideia que se cria é de um ser humano inabalável e superior que detém todo poder de governar. Além do mais, num contexto político, os homossexuais não são amparados, devido à ausência de leis protetivas que garantam seus direitos. Nesse âmbito, a impunidade atiça os preconceitos inerentes à sociedade que crê que gays, lésbicas e bissexuais tem algum problema genético ou desvio de personalidade. Assim, para o psicanalista Sigmund Freud a causa da homossexualidade é semelhante a da heterossexualidade. Diante disso, é indubitável que nenhuma escolha é mais natural ou normal do que outra no que concerne a trama das relações sociais. Infere-se, então, que a dificuldade da luta contra a homofobia seja um agravo e mudanças fazem-se necessárias. O Poder Legislativo tem o encargo de criar leis de combate aos atos homofóbicos no país, que imputem como crime condutas contra a integridade física e psicológica e de caráter depreciativo perante as vítimas. Outrossim, o meio acadêmico, tais como escolas e universidades, aliadas a centros psicoterapêuticos devem ministrar aulas com conteúdo voltado para o tema, de modo a abordar os danos causados aos LGBTs, elucidar estigmas recorrentes e assim propor o respeito as diferenças.