Título da redação:

Benevolência da tolerância igualitária

Tema de redação: As complexidades do combate à homofobia no Brasil

Redação enviada em 27/09/2017

O transtorno provocado pelos reflexos da homofobia no Brasil é crescente e disseminador da onipotência intolerante que impregna a sociedade na atualidade. A estrutura patriarcal e machista é fomentadora da sua ocorrência e segrega os cidadãos ao passo que influi diretamente nas suas escolhas e atitudes. A complexidade do combate a esse preconceito está enraizada e encoberta pela tolerância opressora da não concordância, repressão e desrespeito. A compilação social impulsiona a assimilação da dominação cultural, que impõe um posicionamento quanto à agregação de valores a serem seguidos. O contato patriarcal com o berço machista de subordinação ao que é averso às “atitudes de homem”, promove a impotência das minorias e eleva a inviabilidade da incorporação de novas culturas, promovendo, consequentemente, a supremacia sexista. A aparente dificuldade de inserção das regiões pouco desenvolvidas nas mudanças sociais que ascendem a globalização contribui com a falta de receptividade e empatia para com o diferente e/ou desconhecido, agravando a homofobia e as suas vertentes dentro da sociedade. A incidência de homicídios, opressão e ataques preconceituosos encontram-se impune devido a falta de registros para o agrupamento desses atos, havendo assim, a cooperação do tratamento dócil para com a homofobia. Segundo o grupo gay da Bahia (GGB), o Brasil teve 318 mortes relacionadas à LGBTfobia em 2015, ou seja, uma morte a cada 27 horas, o que significa dizer que a diversidade vivenciada e sentida não demonstra suficientemente a sua multiplicidade e é, ainda hoje, protagonista da disjunção convencionalista ao “incomum”. A repercussão homofóbica atinge diversos campos sociais, limita as oportunidades e restringe o livre arbítrio de possuir as próprias orientações. Os desafios referentes ao combate à homofobia constituem barreiras fomentadoras do fortalecimento do preconceito, que deve ser extinto e desmistificado com o empoderamento em prol da equidade, proporcionada pelo monitoramento aperfeiçoado por parte do governo dos crimes cometidos ao grupo LGBT, criação de políticas públicas que garantam a integração e proteção destes e a disseminação da tolerância igualitária dentro da sociedade.