A homofobia é conceituada como uma aversão irreprimível, ódio, medo e discriminação contra pessoas em função das suas orientações sexuais e/ou identidade de gênero. A sociedade brasileira, tradicionalmente estruturada heteronormativa, ou seja, que possui como padrão indivíduos heterossexuais, está imersa a influência da transmissão de ensinamentos preconceituosos ao longo das gerações e a carência de estratégias nas instituições de ensino para o combate a homofobia. É notável a inércia de diversos cidadãos na busca da desconstrução de pensamentos retrógrados e superficiais. Mesmo com o amplo acesso às informações, muitos indivíduos transmitem conceitos discriminatórios. A imposição de gênero nos brinquedos das crianças e o medo incessante de muitos responsáveis em presenciar seus filhos construindo uma relação com homossexuais são exemplos, onde é evidenciado na pesquisa feita pela ''Fundação Perseu Abramo/ Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo'' (FEA-USP)/UNESCO no qual 35% dos pais não gostariam que o filho estudasse com um homossexual. Diversas escolas apresentam métodos de ensino que não enfocam nas experiências pessoais de cada educando. De acordo com a pesquisa citada anteriormente, 60% dos professores admitem não ter base para lidar com a diversidade sexual. Isso revela a presença desse tabu não somente no cotidiano dos alunos, mas existente em toda formação profissional dos educadores. Por conseguinte, as escolas preferem silenciar acerca da homofobia, visto que tal assunto acarretaria discussões que poderiam ser prejudiciais às instituições de ensino, deixando seus alunos ricos no acúmulo de conhecimentos, mas carentes de estratégias que combatam a homofobia no ambiente escolar. Medidas, portanto, são necessárias para combater esse impasse. As escolas devem promover debates com a utilização de filmes e documentários que incentivem todos os envolvidos no âmbito escolar a desenvolverem a criticidade acerca da homofobia, contando com a participação de depoimentos de indivíduos que lidam com essa situação e dados estatísticos. Outrossim, a Justiça Brasileira deverá incluir maior participação projetos que visem combater a homofobia e tipificar a mesma como crime no Brasil, a fim de que os atos violentos praticados por homofóbicos sejam reparados com maior efetividade e precisão.