É incontrovertível que a homofobia manifesta-se de distintas formas, seja através da violência verbal ou da violência física, porém algo que elas podem gerar são vítimas. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: o legado histórico-cultural e a falta de políticas públicas em defesa dos homossexuais. Na civilização ocidental, os homossexuais são vistos como indivíduos abomináveis conforme diversas religiões desde a Idade Medieval. Comprova-se isso pelo fato de que mais de 80% deles sofrem com a homofobia quando tentam ingressar no mercado de trabalho, na política e instituições de ensino, consoante a Universidade de São Paulo. Esse cenário, juntamente aos inúmeros casos de violência contra os homoafetivos corroboram a ideia de que eles são vítimas de um legado histórico-cultural, portanto, é notável que a cultura conservadora religiosa prevaleceu ao longo dos séculos a ponto de enraizar-se no corpo social contemporâneo, mesmo que de forma implícita, à primeira vista. Outrossim, a não criminalização da homofobia proporciona um ambiente inseguro aos homossexuais, visto que eles são agredidos verbalmente e fisicamente e o agressor acaba ficando impune, dessa maneira, ferindo a isonomia inerente aos cidadãos. Ademais, a falta de campanhas de combate à violência contribui para que haja uma maior complexidade no combate à discriminação sexual que abrange o país, sendo assim é perceptível a ausência de políticas públicas que visam defender os direitos dos homoafetivos. Destarte, medidas de intervenção são necessárias para resolver a problemática. Diante dos argumentos supracitados, é inegável que o Estado deve proteger os homossexuais da violência, tanto verbal quanto física, criando campanhas de combate à violência, além de criminalizar a homofobia punindo severamente os praticantes de tal ato. Some-se a isso investimentos em educação, valorizando e capacitando os professores, no intuito de forma cidadãos mais comprometidos em garantir o bem-estar da sociedade como um todo.