Os homossexuais, assim como outras minorias sociais, são submetidos a uma série de episódios desagradáveis frutos do preconceito, da raiva e da intolerância que certas pessoas desenvolvem contra esses indivíduos. Nesse contexto, a homofobia se mostra como um problema de complexo enfrentamento que merece total atenção por parte do Poder Público para ser gradualmente erradicado da sociedade brasileira. No âmbito dessa discussão, dados de pesquisas realizadas pela Fundação Perseu Abramo, pela USP e pela UNESCO revelam que, no Brasil, 87% da comunidade escolar têm algum grau de homofobia. Desse modo, percebe-se o quanto a discriminação com homossexuais está impregnada nos brasileiros. Ainda seguindo essa lógica, as manifestações homofóbicas são facilmente identificáveis na dinâmica social brasileira e vão desde xingamentos e ameaças até casos de violência física e homicídios, como mostrado em reportagem do programa Conexão Repórter. Destarte, esse cenário reforça a necessidade de mudanças ao mesmo tempo em que revela a dificuldade de concretizá-las, uma vez que exige total modificação na mentalidade da maioria da população do país. Outrossim, é relevante destacar o papel do Poder Público no enfrentamento do problema. Nesse sentido, o deputado federal Jean Wyllys é visto como símbolo da luta dos homossexuais pela liberdade e igualdade. O referido parlamentar atua em diferentes frentes, dentre as quais está a que pretende criminalizar a homofobia. Todavia, a aprovação de uma lei que aborde a temática, embora seja de grande importância para coibir condutas socialmente reprováveis, é dificultada pela oposição da maioria dos políticos. Nessa perspectiva, percebe-se que a mudança de postura em relação ao grupo LGBT deve atingir também as autoridades do Estado para a construção de uma sociedade mais igualitária, visto que, segundo Mahatma Gandhi: “A raiva e a intolerância são inimigas gêmeas da compreensão correta ”. Com base nos argumentos apresentados, medidas são necessárias para solucionar o problema. Assim, cabe ao Poder Legislativo Federal o desenvolvimento de leis duras que criminalizem devidamente as condutas homofóbicas, assim como ocorre, por exemplo, em relação à discriminação racial. Ademais, o Ministério da Educação deve tornar obrigatória a discussão, por meio da interdisciplinaridade, do preconceito de gênero nas escolas, como forma de forjar gerações sem preconceitos. Por fim, é do Ministério da Justiça a tarefa de desenvolver, por intermédio dos diversos meios de comunicação, campanhas que desestimulem a violência e o desrespeito aos homossexuais. Dessa maneira, as referidas providências representarão um grande passo em direção ao respeito e a liberdade dos comunidade LGBT na sociedade brasileira.