Título da redação:

As complexidades do combate à homofobia no Brasil

Tema de redação: As complexidades do combate à homofobia no Brasil

Redação enviada em 09/10/2017

A câmara dos deputados aprovou, há alguns meses, o conceito de família restrito à união do homem e mulher, apenas. Embora o movimento LGBT tenha ganhado força nacionalmente, o Brasil ainda enfrenta sério impasses para acabar com a homofobia. Nesse contexto, é necessário pontuar que tal mazela é fruto direto da ignorância social, bem como das baixas medidas governamentais para combatê-la. Segundo o cantor ‘gender-fluid’ Pabllo Vittar, a homofobia é oriunda da ignorância populacional, cujos conceitos sobre gênero e orientação sexual ainda estão firmados em uma espécie de puritanismo. Ou seja, é basal pontuar que a manifestação de comportamentos considerados atípicos para determinado sexo é diversas vezes condenado. No entanto, esses conceitos dependem de diversos fatores. Nessa linha de pensamento, a sociedade grega antiga, por exemplo, considerava a homoafetivade comum. Desse modo, caso não haja um refinamento do pensamento sobre essa questão na sociedade, continuarão havendo segregações, violência e bullying com as pessoas que se declaram abertamente homossexuais. Além disso, é importante salientar, ainda, que mesmo sabendo que a orientação sexual não algo opcional, conforme a psicologia, o governo falha em não criar políticas para a segurança da integridade de pessoas homossexuais. Consequentemente, é corriqueiro situação em que o âmago tange à violência relacionada aos LGBT’s, como comentários pejorativos em redes sociais. Essa situação configura, portanto, um ponto de desequilíbrio em que o respeito é confundido com a aceitação, podendo gerar pessoas que se sentem no direito de ofender um grupo determinado de pessoas, o que gera depressão por uma falsa culpa de ter uma suposta orientação errada. Infere-se, sob essa ótica, a importância de solver as problemáticas relacionadas à persistência da homofobia. Segundo Kant, o homem é resultado de sua educação. Dessa maneira, é imprescindível que o Mistério da Educação, órgão responsável pelo desenvolvimento social brasileiro, crie nas escolas, a partir do sexto ano fundamental, palestras com vídeos educativos desenvolvidos por psicólogos para crianças, sem conotação sexual, mas focando na normalidade de existir relações diferentes, bem como diferentes tipos de famílias das consideradas comuns para que a homofobia seja possa ter a possibilidade de ser findada.