Título da redação:

A violência por trás do ódio

Tema de redação: As complexidades do combate à homofobia no Brasil

Redação enviada em 02/11/2017

Para a psicologia, projeção é o mecanismo de defesa dos seres humanos que coloca tudo considerado ruim como externo a ele. No Brasil, ainda hoje, a população LGBT vem sendo externalizada como um risco a um conceito de família tradicional criado muito tempo atrás. Assim, a discriminação sexual, atualmente, acaba ganhando ares cada vez mais intolerantes. O problema se agrava diariamente no país. Um estudo realizado pela rede Transgender Europe aponta que mais da metade dos homicídios contra transexuais do mundo ocorrem no Brasil. Partindo dessa verdade, é evidente como a intolerância para com a comunidade LGBT tem ganhado um espaço de mais violência no país. E, casos como o da travesti Dandara Kataryne, de Fortaleza, que foi assassinada violentamente, reforça o revés. Além disso, a falta de compromisso legislativo acaba banalizando a situação. Na Espanha e Inglaterra, por exemplo, o Código Penal desses países prevê punições para crimes de ódio e incluem a motivação sexual na lista. Já no Brasil, a não especificidade gera certas brechas jurídicas que minimizam as punições ao agressor. Parafraseando o filósofo francês Voltaire, a lei essencial da natureza do convívio humano é a tolerância, uma vez que temos uma porção de erros e fraquezas. Partindo da máxima do autor, a participação de protagonistas que tenham grande influência sobre a sociedade para promover um ideal mais tolerante é essencial. O Estado, por seu caráter socializante e abarcativo, deverá promover políticas públicas que visem evitar os impactos da discriminação sexual através dos 3 poderes; a escola, formadora de caráter, deverá incluir matérias cunho para uma sociedade mais tolerante; a mídia, quarto poder, vincular campanhas de conscientização das diversidades de gênero. Somente assim, construir-se-á um Brasil mais responsável.