Título da redação:

A pior deficiência é o preconceito

Tema de redação: As complexidades do combate à homofobia no Brasil

Redação enviada em 24/10/2017

"A homossexualidade é uma ilha cercada por ignorância de todos os lados." A frase supracitada do cientista brasileiro Drauzio Varella denota a homofobia como um impasse em destaque na contemporaneidade do país. Nesse cenário, evidencia-se dois aspectos que enraízam-se na problemática: a heteronormatividade e a falta de representação política da comunidade LGBT. Indubitavelmente, a falta de informação resulta na obstrução da população LGBT, que é violentada física ou psicologicamente devido ao desvio à conduta imposta pela sociedade patriarcal. A padronização de costumes confere a heteronormatividade, que exponencia a diferença entre comportamentos de meninos e meninas, assim como coage a sociedade a aderir à heterossexualidade como modelo. Em contraponto, nota-se corriqueira e substancial a visibilidade da população LGBT, que enfrenta tais determinações antepostas, como na novela "Força do Querer", que prolifera a diversidade através do ator trans Tarso Brant. Não obstante à heteronormatividade, a homofobia propaga-se, também, através da representatividade conservadora no âmbito político no Brasil. Em decorrência, o Congresso Nacional não tipifica a homofobia como crime, devido a arquivação da PLC22, que conferia tal alteração à Lei Do Racismo. Em ilustração, destaca-se a visibilidade trans, tema da Parada LGBT de 2015, com a modelo Viviany Beleboni, que foi violentada um ano após, já que o Brasil representa a maioria dos homicídios à população transgênero no mundo, segundo a Transgender Europe. Destarte, mostra-se substancial intervenção pública nessa problemática. Assim, o Ministério da Educação deve promover palestras e atividades que promovam aceitação e instrução à diversidade sexual. Ademais, cabe ao Poder Legislativo realizar plebiscitos que julguem emendas da tipificação da homofobia como crime, como a apresentada pela deputada potiguar Maria do Rosário. Por fim, o Ministério da Saúde deve promover intermédio de psicólogos à comunidade LGBT, para que, então, essa ilha seja cercada de harmonia.