O documentário “The Mask You Live In” enfatiza muito bem os conflitos vividos por garotos e a necessidade de constatar toda a masculinidade e não poder expor sentimentos e fraquezas diante aos demais. Logo, pode-se fazer uma relação muito direta de como o julgamento machista está ligado à homofobia, onde homem tem de se comportar como macho alfa, do contrário não é aceito no grupo. Assim sendo, cria uma geração que perpassa todo ódio ao subsequente, por isso que uma sociedade avançada tecnologicamente perpetua tanto preconceito com as minorias. À vista disso, o estudo da História Antiga relata que era comum o relacionamento homossexual entre os guerreiros romanos, e naquela época não era considerado tabu como é hodiernamente. Portanto, com o apogeu da Igreja Católica na Idade Média, toda a sociedade feudal foi reestruturada de acordo com os dogmas da igreja, que era a forma de poder mais efetiva no período, desse modo, colocaram ordem na população de acordo com o que achavam correto, e a homossexualidade a partir daí se tornou abominável. Logo, os fiéis deixam as crenças limitantes os dominarem, e não buscam informações fora das verdades absolutas impostas pela religião. Não obstante, tudo pode ser uma má interpretação do livro sagrado, uma vez que a mesma fé cristã julga pecado, o sexo como pura forma de prazer carnal. Por isso, o estudo das ciências humanas é tão importante, aumentando assim, a perspectiva dos indivíduos acríticos, pois, quem julga e condena são aqueles que não conhecem o mundo do outro e não empregam em si, a alteridade. Em demasia, a novela “A Força do Querer”, exibida pela TV Globo, demonstrou de forma brilhante a complexidade das pessoas. Em foco, a personagem Ivana nasceu com o sexo feminino, se identificava como sexo masculino e sentia atração por homens, ou seja, não há apenas uma forma de se definir, ou é isso ou aquilo, seres humanos são muito mais que objetos e rótulos que limita suas possibilidades. Em função disso, a falta de visibilidade torna o mundo despreparado para ajudar o próximo e haver um grande progresso nacional, posto que muitos se sentem culpados por serem o que são e acabam sofrendo muito, alguns casos até levam a morte como fim, e o "bulying" é muito recorrente nas escolas, onde os adolescentes estão descobrindo sua identidade e toda forma de repressão atrapalha sua vida pessoal e acadêmica. E isso não pode continuar, todos devem ser tratados igualmente, conforme os direitos humanos estabelecidos pela Constituição Federal. Destarte, Benjamin Franklin afirmou que investir em conhecimento rende sempre os melhores juros. Portanto, medidas têm de ser tomadas para combater o impasse. A priori, o Ministério da Educação deve aplicar um modelo curricular em todas as escolas, de modo que aborde toda essa problemática, tornando obrigatoriedade trabalhos relacionados ao tema e pontuação acerca, com intenção de os alunos levarem a sério tudo o que será passado e não como uma simples brincadeira, para que o conhecimento acerca do assunto se expanda, e que o conhecimento seja transpassado de um a um. Concomitantemente, faz-se necessária a criação de uma ouvidoria especializada para esse tópico, já que muitos agentes pode não ver os ocorridos com tanta relevância e para se ter certeza que as providencias cabíveis serão tomadas, tornando a população mais segura. Por fim, as emissoras de televisão devem abordar em séries e novelas o conteúdo supracitado, objetivando uma visibilidade nacional dos dramas enfrentados por essa comunidade, conscientizando as pessoas e desse modo não se retrocedam na hora de denunciar, a fim de que o amor ao próximo sobressaia as verdades irrefutáveis.