Décadas passadas, a homossexualidade era considerada crime em muitos países do Ocidente e Oriente, estando os “criminosos” sujeitos à castração química e à lobotomia. Nesse sentido, o Brasil assemelha-se ao passado, em virtude da predominância da homofobia em sua sociedade, em razão da exacerbada influência do dogmatismo religioso e do patriarcalismo dominante. O atual contexto político, social e cultural brasileiro cria barreiras à tentativa de combater a homofobia. Em face disso, vale ressaltar o predomínio de representantes, no plenário, da bancada evangélica, o qual protestam e desconsideram qualquer medida que discuta sobre questões LGBTs, a exemplo do projeto que discutia a implantação de matérias e aulas voltadas à diversidade sexual. Desta forma, fica explícito que a ideia de mitificar a homofobia, no país, torna-se utópica. Outrossim, o patriarcalismo e o machismo “enraizados” na mentalidade social permite que a intolerância à diversidade sexual seja uma realidade permanente. À vista disso, cabe ressaltar dados da ONG GGB (Grupo Gay da Bahia), os quais afirmam que a cada 25 horas um homossexual é morto no país. Este cenário é propiciado por uma cultura machista, presente no cotidiano e em diversas manifestações, a exemplo da utilização de termos obscenos, por uma maioria, quando se tem o objetivo de ofender alguém, seja homossexual, seja hétero. Destarte, fica evidente que o Brasil representa o retrocesso, a partir de uma sociedade que tende ao mesmo. Diante dos fatos mencionados, é notório a inevitabilidade de mudanças a fim de modificar a mentalidade social em prol da compreensão. Para isso, cabe ao Governo Federal, a partir do Ministério da Educação, a introdução, em ambientes escolares, de matérias e aulas que promovam o entendimento quanto às diversas orientações sexuais existentes. Como também, a utilização da mídia, tratando-se da necessidade de normatizar a imagem da homossexualidade perante à população, por meio de filmes e telenovelas. Deste modo, tem-se a possibilidade de mitificar a homofobia da sociedade e, assim, poder acreditar que o futuro chegou.