A população homossexual vem ganhando visibilidade por conta da sua resistência e emponderamento, mas junto vem as manifestações de intolerância e o forte preconceito da sociedade. É indubitável que o Brasil é um país heterocêntrico e homofóbico. Desde muito cedo, os homossexuais sofrem agressões e repressões da própria família, assim, recebendo uma educação heteronormativa e duras punições a cada manifestação indicador de homossexualidade. A cada ano que passa, o número de homicídios contra pessoas LGBTTs sobe no Brasil. Segundo o GGB (Grupo Gay da Bahia), 343 pessoas LGBTTs foram mortas no Brasil em 2016, sendo que 53% dessas são homossexuais. Infelizmente, esses dados se dão por conta de uma ideologia patriarcal e homofóbica, encarando essas pessoas como uma degradação moral do ser , assim, legitimando a defasagem da sociedade brasileira e do despreparo da segurança pública e meios educacionais. A criminalização da homofobia e o preparo dos órgãos públicos é necessário para que as vítimas tenham uma melhor qualidade de vida e seus direitos civis garantidos. Todavia, tem de haver um trabalho e debate sobre "orientação sexual" no âmbito escolar e familiar , para que desde cedo, nossas crianças passam a refletir e enxergar a pluralidade das relações afetivas, assim, suprimir essas hostilidade contra as pessoas homossexuais. Como Paulo Freire dizia, "Não existe imparcialidade. Todos são orientados por uma base ideológica. A questão é: a sua base ideológica é inclusiva ou excludente?"