Título da redação:

A criminalização para a democracia

Tema de redação: As complexidades do combate à homofobia no Brasil

Redação enviada em 25/03/2019

O filme “Orações para Bobby”, que narra a história de um jovem de origem cristã, que lutava para conviver com a homossexualidade e a família conservadora nos Estados Unidos, mas que infelizmente, a “culpa” religiosa e a pressão familiar faz com que o jovem cometa o suicídio. O Brasil é o retrato do filme, porém mais cruel e desumano. A fusão do estado e Igreja, que teoricamente é ilegal, contribui para que a LGBTfobia não seja considerada um crime, deste modo, reprime o direito constitucional da vida na comunidade LGBT. Vale analisar em primeiro plano que, o país considerado da diversidade é o mais que comete violência e homicídios por questões de orientações sexuais no mundo. Segundo dados do GGB (Grupo Gay da Bahia) cerca de 420 LGBTs foram assassinados no ano de 2018 e que a cada 19 horas mais um homicídio é registrado, temos o caso da travestir Dandara assassinada cruelmente no Céara. As mortes são ápice de toda repressão causada pela sociedade, pois a LGBTfobia abrange também a discriminação institucional e violência verbal e física, que são causadas e apaziguada, em sua maioria, pela então chamada liberdade religiosa. Convém ressaltar que, ao usar como argumentos de indícios religiosos, o país rompe o direito do Estado Laico. A barreira que impede a criminalização da LGBTfobia no Senado e no Congresso, é a bancada evangélica, pois usa pressupostos bíblicos para coibir, de modo que, diverge o estado da sua laicidade. É notório que o país vive uma política feudal, em que a igreja e o estado se fundiram para a gestão social-econômica, deixando assim, brasileiros sem direitos por serem como eles são. Não será preciso acontecer algo como de Maria da Penha para que se possa existir uma proteção legislativa. Portanto, é necessário criar medidas emergenciais para fim dessa chacina. Que o Poder Legislativo coloque em pauta e vote, em criminalizar a LGBTfobia tornando-a crime racial, e se abstendo de questões religiosas, pois o Estado é Laico. Desta forma, a comunidade LGBT+ poderá goza de seus direitos constitucionais, amenizando a violência no país. Caso contrário, o Brasil irá se torna uma Alemanha nazista ou uma Apartheid, pelos mesmos motivos, a homogeneização da sociedade, que diverge da democracia e dos direitos cívicos.