Trazido ao Brasil pelos ingleses no final do século XIX, o futebol inicialmente era praticado por pessoas de classe alta, mas logo se difundiu, tanto que hoje é o esporte mais popular do país e leva milhares de pessoas para os estádios toda semana. No entanto, com essa popularização surgiu o problema da violência nos estádios de futebol causada principalmente pela pessoalidade com a qual é tratado o futebol e pelo sentimento de segurança ao agir em grupo. O sociólogo Sérgio Buarque de Holanda já afirmava em sua obra pelo conceito de homem cordial que brasileiro age muito pela paixão lidando com diversas questões de forma não racional. Isso é atestado pois, hoje em dia, os torcedores levam para o lado pessoal tudo relacionado ao time, da vitória a derrota. Desse modo, defender o time a qualquer custo significa defender a si próprio. Ademais, existe também o fato das ações em grupos serem em grande parte causadores desse tipo de violência. Como já dizia Durkheim, o fato social é dotado de coercitividade, generalidade e exterioridade. Seguindo esse raciocínio, comumente os ataques dentro e fora dos estádios são realizados por grupos que sentem segurança e impunidade ao realizar agressões contra outros torcedores que podem levar até a morte. Como exemplo, o caso do torcedor Paulo Ricardo Gomes, de 26 anos, que foi morto ao ser atingido por um vaso sanitário dentro do estádio. Assim, com a violência nos estádios, o futebol que antes era uma forma de reunir famílias e amigos, se tornou um campo de guerra. Portanto, medidas são necessárias para resolver essa questão. O Ministério da Segurança Pública deve implantar o GEPE (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios) em outros estados além do Rio de Janeiro, acompanhado de maior treinamento nas academias policiais e qualificação para agir nos estádios. Desse modo, ação policial será mais pontual de forma causar menos dano para os infratores e para quem está ao redor. Outrossim, os clubes de futebol em conjunto com a mídia devem instituir propagandas que incentivem a não violência nos estádios e a rivalidade saudável contra outros times. Por fim, a polícia deve impedir a entrada nos estádios de pessoas que participaram de ações violência nos estádios ou que estão respondendo a processos por isso. Dessa forma, as causas da violência nos estádios de futebol serão tomadas prioridades para que haja paz novamente durante os jogos.