Em países desenvolvidos, a maior parte da população tem o hábito de ir aos estádios e torcer pelo seu time, um ritual que reúne as famílias e os amigos, esse cenário é bastante presente na sociedade inglesa e alemã. Entretanto, no Brasil se percebe uma conjuntura social totalmente distinta, tendo em vista as violências durante as partidas têm reduzido a ida de pessoas aos estádios. Desse modo, convém expor as principais causas para a concretização dessa problemática no país. Em primeiro plano, de acordo com o sociólogo Emile Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um corpo biológico, por ser composta por partes que interagem entre si de forma interdependente. Dessa forma, para que esse organismo seja igualitário e coeso, é necessário que todos os órgãos exerçam suas funções da melhor forma possível. Contudo, há negligência policial devido ao fato que, em muitos jogos, a segurança não é, numericamente, ideal para uma grande quantidade de torcedores, contatando-se com o jogo entre Vasco e Atlético Paranaense em 2016, no qual, torcidas adversárias entraram em confronto e a polícia não teve como impedir o conflito, o qual, lamentavelmente, quatro pessoas morreram. Em segundo plano, segundo o filósofo francês Gustav Le Bon, o homem, em várias ocasiões, tende a desenvolver um comportamento compatível com o restante grupo, tal afirmação é confirmada com atos violentos nos estádios de futebol, pois muitos torcedores acabam entrando em conflito devido seguir o ritmo de todos ao redor, tal situação acaba se tornado algo desenfreado. O autor condessou essa analise em um conceito denominado “comportamento de manada, fazendo uma alusão ao reino animal e as características civilizadas que são sobrepostas a partir das animalescas em tais circunstâncias. Portanto, para que a ideia de Durkheim seja concretizada, são essenciais medidas para solucionar essa problemática. Desse modo, cabe aos prefeitos e governadores das cidades e estados, respectivamente, que ocorrem as competições nacionais, disponibilizar maior contingente de policiais para tais eventos, objetivando reduzir a possibilidade de conflitos. Outrossim, os clubes devem promover em parceria com as mídias sociais e televisivas campanhas midiáticas com o relato de pessoas que foram vítimas dessa barbaria, tendo como o intuito de sensibilizar a população a respeito das consequências dessa tirania social. Somente assim se pode construir uma sociedade positiva e harmônica.