Sob a perspectiva filosófica de Sartre, a violência, seja qual for a forma em que ela se manifeste, é sempre uma derrota.Logo, sendo a razão um valor inerente ao homem, recai sobre ele a responsabilidade de conservar a integridade física do próximo. Porém, no Brasil, tal noção não é verificada, visto que a violência nos estádios é uma fato cada vez mais decorrente.Nesse contexto, tal problemática é oriunda da falta de impunidade e de uma cultura segregacionista. Em primeira análise, o fato das ações agressivas serem insetas de punição corrobora para a permanência dessa problemática.Em consonância com Aristóteles,em seu livro "Ética a Nicômaco", a política serve para promover o bem-estar geral dos cidadãos, contudo, tal pensamento se encontra deturpada no Brasil, já que a oferta de uma segurança pública de qualidade não se faz presente na maioria dos estádios brasileiros, fazendo com que a teoria aristotélica sejam apenas palavras.Dessa forma, a falta de advertência aos infratores faz com atos de barbárie continuem a reincidir nas arquibancadas. Ademais, a violência nos estádios é uma problemática intrínseca a uma comunidade de torcedores intolerantes.Isso porque os xingamentos e discursos de ódio entre as torcidas ultrapassam os limites éticos, morais e sociais e promove à imoralidade a dignidade humana.Tal fato, se manifesta nas arquibancadas através de brigas que não colocam em risco somente o espetáculo futebolístico, mas também a integridade física dos torcedores de bem. Assim, uma mudança nos valores da sociedade é fundamental para transpor as causas desse problema. É necessário, portanto, neutralizar os fatores impulsionantes da violência nos estádios brasileiros.Dessa forma, cabe ao Ministério da Segurança Pública, por meio da preparação de profissionais especializados em segurança nos estádios, promover uma maior vigilância nas arquibancadas,com o objetivo de diminuir os casos desse problema. Ademais, cabe a escola,promover a realização de clubes de debates educativos entre alunos, de forma a desenvolver uma maior consciência nas manifestações das ideias, objetivando evitar a intolerância.