O talento inigualável dos jogadores brasileiros e os títulos por eles conquistados colocaram o Brasil como grande referência no futebol mundial. No entanto, inúmeros atos de violência entre os torcedores impedem que o país também seja exemplo em relação ao comportamento nas arquibancadas. Por ter se tornado símbolo cultural e até mesmo parte da identidade do brasileiro, o sentimento por futebol, muitas vezes, extrapola limites aceitáveis e converte-se em fanatismo. Devido tradições familiares e influencia da mídia, o indivíduo passa a encarar as partidas como combates e os torcedores adversários como verdadeiros inimigos. Destarte, por meio de ações violentas, pretende demonstrar poder e supremacia em detrimento dos rivais. Diversos fatores corroboram na perpetuação do problema, dentre eles, a impunidade. Com a infraestrutura precária dos estádios nacionais e a falta de integração de um sistema de monitoramento, os agressores não são identificados e continuam frequentando os jogos sem nenhuma punição. Infelizmente, os mais afetados são os próprios clubes e os verdadeiros apreciadores do esporte. Portanto, intervenções são necessárias para alterar o panorama atual. Primeiramente, o Ministério da Segurança e a Confederação Brasileira de Futebol devem auxiliar os clubes na instalação de um sistema biométrico, visando o reconhecimento dos infratores e aplicações de penas, como por exemplo a expulsão temporária. Por fim, é necessário que o MEC institua um trabalho de conscientização nas escolas, contando com a participação dos clubes e seus jogadores em campanhas digitais. Dessa maneira, é possível que os estádios fiquem mais seguros e o futebol cumpra sua função de inclusão social.