Na Grécia Antiga, o esporte – dentre outros fatores – sempre foi encarado como uma ferramenta de harmonia. Atualmente, não perdendo completamente sua essência, também é visto como uma das principais fontes de lazer da população mundial. No Brasil, entretanto, um deles se destaca: o futebol. Sendo considerado a paixão nacional, ele atrai diversos torcedores apaixonados para suas arquibancadas que, devido à falta de políticas públicas adequadas, transformam, muitas vezes, o espetáculo em um show de violência. A convivência entre torcidas adversárias – em especial de clubes renomados – é marcada por fortes tensões. Conseguintemente, segundo pesquisas apresentadas pela revista Lance, 90% dos Brasileiros optam por não frequentar estádios de futebol, em decorrência, justamente, da enorme quantidade de violências verbais e físicas que acontecem em seu âmbito. Dessa forma, esse esporte perde o caráter saudável enquanto competição e passa a evidenciar o ódio causado pela intolerância de quem diz defender a camisa do seu time de coração. Nessa perspectiva, observa-se a importância de investir e garantir a segurança do cidadão, fato esse que é previsto pelo Estatuto do Torcedor. No entanto, dados do Ministério do Esporte mostram que, na prática, isso não ocorre de maneira eficaz, haja vista que o Brasil é o país onde acontece mais mortes de torcedores em função de brigas. Assim sendo, enquanto não forem tomadas as devidas providências, continuará havendo receio por parte da população que encara a visita com cunho de medo e não como lazer propriamente dito. Fica evidente, portanto, a necessidade de mitigar essa problemática. Inicialmente, é de suma importância que o Ministério de Segurança Pública, juntamente com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), viabilize um grupamento especial de policiamento em todos os Estados, em especial nos de maior ocorrência. Outrossim, é igualmente necessário que o Governo Federal, em parceria com a CBF, intensifique as punições dos casos, abrangendo, também, os clubes dos torcedores baderneiros. Não obstante, os mesmos órgãos ficam encarregados de divulgar, por intermédio dos principais meios de comunicação e telões nos estádios, campanhas que busquem retratar e repudiar qualquer ato de violência esportiva. À vista disso, o Futebol voltará a ser divertido para todos.