Na Roma Antiga era muito comum acontecer espetáculos que eram realizados pelos imperadores, como forma de entreter o povo e, aliado a outras práticas, resultou na política do “Pão e Circo”. Nos dias atuais, outras práticas são realizadas como forma de entretenimento, como jogos de futebol. Porém, a violência que não devia se fazer presente é vista frequentemente nos estádios. Nesse âmbito, cabe analisar a estrutura especializada nesse setor, bem como a mentalidade social deste. Convém ressaltar, a princípio que essa circunstância deve-se a questões politicas-estruturais. Isso se deve ao fato de que, a partir da impunidade dos atos de violência nos estádios, seu combate é minimizado e subaproveitado, já que não há interferência para mudar tal situação. Tal conjuntura é ainda intensificada pela passividade do Estado, uma vez que interfere em decisões políticas e sociais, como aprovação de leis e segurança social. Dessa forma, de acordo com dados da Universo, nove torcedores morreram dentro ou fora dos estádios em 2017 no futebol brasileiro. Logo, atitudes violentas continuam a acontecer, pondo em xeque o direito do cidadão, o que evidencia falhas nos elementos coercitivos contra esse problema. Outrossim, destaca-se a mentalidade social brasileira como impulsionador dessa problemática. De acordo com Marx Webber, a ação social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, ganhando formas coletivas, gerais e coercitivas. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que a violência nos estádios brasileiros pode ser encaixado na teoria do sociólogo, uma vez que se um indivíduo está em um ambiente que é propicio a violência, tente a adota-lo também por causa da convivência em grupo. Assim, esse comportamento é transmitido a toda a sociedade, tendendo a normalidade. Entende-se , portanto que a violência nos estádios é um fenômeno social que precisa ser combatido. Destarte, cabe ao poder público o papel de consolidar ações afirmativas, como o advento de policiais disfarçados entres os torcedores, promovendo atitudes coercitivas, promovendo a segurança nos estádios. Ademais, o Governo Federal deve elaborar um plano de implementação de delegacias especializadas, aliado a esfera estadual e municipal do poder, nas áreas próximas aos estádios, além de aplicar campanhas de abrangência nacional junto as emissoras abertas de televisão. Por consequência, esse fato social será gradativamente minimizado no país.