De acordo com o jornal El País, em 2017, foram registrados 104 episódios violentos relacionados ao futebol brasileiro, que resultaram em 11 mortes. Esse cenário, no entanto, reflete uma grave questão que assola os estádios de futebol no Brasil: a violência. Diante disso, é imprescindível analisar as causas dessa problemática, a fim de saná-la. Em primeiro lugar, nota-se que a extrema rivalidade existente entre torcidas organizadas é um fator propulsor da violência nos estádios de futebol. Isso porque grupos de torcedores agressivos tendem a provocar rivais com xingamentos, lançamentos de objetos e conflitos. Prova disso são as imagens de selvageria, em que torcedores se enfrentavam com barras de ferro, ocorridas na Arena Joinville, em Santa Catarina, no ano de 2013. Por consequência, tal primitividade afasta, a cada dia, inúmeras famílias que desejam apenas ver a vitória dos times pelas quais torcem nos campos. Por outro lado, a falta de policiamento nos estádios propicia a continuidade de atos violentos no futebol. Isso é justificado pelo fato de que muitos torcedores agressivos, ao perceberem que não serão punidos pelo vandalismo e pelas brigas provocados nos estádios, continuam com tais atitudes que geram até mesmo mortes de inocentes. Dessa forma, as 9 mortes, no ano de 2016, reveladas pelo site EBC são exemplos da necessidade de uma imediata solução para esse problema. Assim sendo, é indispensável a adoção de medidas capazes de acabar com a cultura de rivalidade e garantir o policiamento nos estádios. Posto isso, cabe ao Ministério do Esporte em conjunto com a mídia, por meio da publicidade e da promoção de debates nos canais de televisão e nas redes sociais, desconstruir a ideia de que um time é rival do outro, com o propósito de incentivar o respeito e evitar possíveis conflitos nos campos. Ademais, compete aos governos estaduais reforçar o policiamento nos estádios, mediante a contratação de mais policiais especializados no combate a brigas e vandalismo, no intuito de fiscalizar motins e prender causadores de desordem.